A Comissão de Fiscalização e Controle do Senado foi palco de um intenso confronto entre o novo ministro da PrevidĂȘncia, Wolney Queiroz, e o senador Sergio Moro. O debate acalorado girou em torno de denĂșncias de fraudes no INSS, detectadas desde 2020, envolvendo descontos indevidos em benefĂcios de aposentados e pensionistas.
Queiroz, que assumiu o cargo recentemente, afirmou que as irregularidades tiveram inĂcio durante o governo Bolsonaro, perĂodo em que Moro era ministro da Justiça. A acusação gerou uma rĂĄpida reação do senador, que negou ter conhecimento dos fatos enquanto exercia o cargo.
'Os fatos nunca foram informados a mim como foram a Vossa ExcelĂȘncia em reunião em 2023' respondeu o ex-juiz Sergio Moro.
O ministro Queiroz insistiu na responsabilização de Moro, argumentando que o então ministro da Justiça deveria ter acompanhado as denĂșncias. Moro, por sua vez, acusou o governo atual de tentar transferir a responsabilidade pelas irregularidades para gestões anteriores. O ex-juiz aproveitou para cutucar o governo Lula.
'Não chegou ao meu conhecimento. Mas a Vossa ExcelĂȘncia ficou sabendo e não fez nada. Vossa ExcelĂȘncia era o braço direito de Carlos Lupi' retrucou o senador Moro, referindo-se ao ex-ministro da PrevidĂȘncia no governo Lula.
O clima esquentou ainda mais quando Queiroz sugeriu que Moro tinha a obrigação de estar informado sobre as fraudes, dada sua posição como ministro da Justiça. Moro rebateu, acusando o governo atual de ter acionado a PolĂcia Federal apenas em 2023, trĂȘs anos após as primeiras denĂșncias.
'Senador, não queria ficar aqui nesse bate-boca com Vossa ExcelĂȘncia, mas como ministro da Justiça, o senhor tinha muito mais obrigação de saber disso do que eu' disparou o ministro Queiroz.
A investigação da PolĂcia Federal (PF) aponta que associações e sindicatos cadastravam beneficiĂĄrios sem autorização, causando prejuĂzos bilionĂĄrios a aposentados e pensionistas. Queiroz tem buscado se distanciar das crĂticas, alegando que a atual gestão estĂĄ corrigindo problemas herdados. Moro, por outro lado, defende que não foi informado sobre as denĂșncias na Ă©poca e acusa o governo de usar o tema para desviar o foco das crĂticas. Ă mais do mesmo vindo desse governo petista.
*Reportagem produzida com auxĂlio de IA